domingo, janeiro 30, 2005

FSM 2005: Lideranças indígenas marcham à beira do Guaíba

No CIMI: "Depois de produzirem uma Carta denunciando as violações do Estado brasileiro em relação aos seus direitos reconhecidos constitucionalmente, as lideranças indígenas que participam do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, apresentam um manifesto com propostas concretas para a melhora da relação entre o Estado e suas comunidades. O documento será distribuído aos participantes do V FSM durante uma caminhada, a partir das 10h30 da manhã deste domingo, dia 30. A caminhada parte do Puxirum de artes e saberes indígenas e segue pela beira do rio Guaíba até o Gasômetro, onde está concentrada a imprensa. Para que se inicie uma mudança efetiva na política indigenista brasileira, os indígenas solicitam a reformulação do órgão indigenista oficial. Para tanto, propõem a criação de uma Secretaria, com status de Ministério, diretamente ligada à Presidência da República. Propõe-se também a criação de uma instância interministerial, um Conselho Nacional de Política Indigenista, com participação paritária dos indígenas. O Conselho seria uma instância para formulação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas do Estado voltadas para os povos indígenas, segundo o documento." [notícia completa]

sábado, janeiro 29, 2005

FSM 2005: Lula frauda povos indígenas

No CIMI: "Os números apresentados pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, no Fórum Social Mundial, sobre as demarcações de terras indígenas foram considerados uma fraude porque "Lula procurou esconder, atrás de números, sua falta de ação e compromisso com os povos indígenas", afirmou Jecinaldo Sateré, coordenador da COIAB - Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, na entrevista coletiva concedida no final do dia de ontem. No debate sobre territorialidade e projetos de autonomia dos povos indígenas, após uma memória das importantes lutas dos povos indígenas nos diversos países do continente, foi ressaltado que apesar de importantes avanços, também houveram equívocos e erros que precisam ser avaliados e corrigidos, na definição de alianças e estratégias. Dentre os equívocos foi citado o caso do movimento indígena equatoriano no apoio à chegada ao poder do coronel Lucio Gutiérrez que "fraudou o movimento e o mesmo parece estar acontecendo no Brasil", concluiu um dos expositores indígenas. A postura de omissão e descaso com os povos indígenas foi considerada uma traição de Lula à sua própria história, porque coloca o seu governo a serviço das elites antiindígenas. Hoje se pode dizer, como se dizia na época do milagre brasileiro, durante a ditadura militar, que o Brasil vai bem, porém vai mal para os índios e a grande maioria do povo brasileiro." [notícia completa]

sexta-feira, janeiro 28, 2005

FSM 2005: Puxirum realiza exumação do Estatuto dos Povos Indígenas

No CIMI: "Os participantes do Puxirum de Artes e Saberes Indígenas no V FSM vão realizar um ato simbólico de exumação do Estatuto dos Povos Indígenas, que está emperrado no Congresso Nacional brasileiro há 11 anos. Também serão exumadas a Declaração do Direito dos Povos Indígenas na ONU e a Declaração do Direito dos Povos Indígenas na OEA, que, da mesma forma, aguardam há vários anos pela aprovação. O ato acontece neste sábado, 29, às 17h30min no espaço do Puxirum, no solário do Parque Marinha do Brasil." [notícia completa]

terça-feira, janeiro 25, 2005

Chile: Demissão de professores mapuches gera revolta

Na Adital: "Profissionais da rede de educação afirmam estar sofrendo perseguição e discriminação social, cultural e política por parte da Fundação Magistério da Araucania IX Região, no Chile, organismo vinculado à Igreja Católica do Chile. A denuncia tem apoio da Sociedade de Professores Mapuches Kimletuchefe,que está divulgando a informação e pedindo providências. A Sociedade contesta as formas de demissões que foram aplicadas a todos os professores mapuches que trabalhavam na rede de educação. Os professores atuam há vários anos no âmbito da Educação Intercultural Bilíngue. Segundo defende a Sociedade, não há razões concretas para as demissões, uma vez que os professores obedecem a todos os requisitos exigidos pelos estabelecimentos de ensino. "Todos os docentes mapuches despedidos participavam ativamente de oficinas de capacitação para elaboração de propostas educativas dentro da Educação Intercultural Bilíngue (EIB) para o fortalecimento e aprofundamento em suas respectivas escolas de comunidades mapuches", ressalta. Com as demissões, o Magistério de Araucania não está respeitando os acordos de contrato anteriormente assinados com organismos interessados na consolidação da Educação Intercultural Bilíngue." [notícia completa]

terça-feira, janeiro 04, 2005

Tribo indiana ataca helicóptero de ajuda com arco e flecha

Na BBC Brasil: "Um helicóptero indiano que lançava cargas de comida e água sobre as ilhas de Andaman e Nicobar foi atacado por membros de uma tribo com arcos e flechas.
Havia o temor de que grupos tribais que correm risco de extermínio tivessem sido levados pelas imensas ondas que atingiram as ilhas onde vivem. Porém, segundo as autoridades, o ataque é um sinal de que eles sobreviveram. Mais de 6 mil pessoas morreram ou estão desaparecidas, mas milhares de outras não foram contabilizadas. O helicóptero da guarda costeira indiana estava sobrevoando a ilha Sentinel para lançar mantimentos quando foi atacado. Dezenas de membros da tribo usaram seus arcos para lançar flechas contra o helicóptero: um aviso tradicional de que intrusos não são bem-vindos. Segundo uma autoridade policial, ninguém ficou ferido. O arquipélago de Andaman e Nicobar abriga várias tribos primitivas, algumas tão isoladas que continuam paradas na Idade da Pedra." [notícia completa] [notícia no ConesulNews]

Métodos ancestrais salvam tribos primitivas indianas de tsunamis

No ConesulNews (Brasil): "Graças a sistemas ancestrais de detecção de mudanças na natureza, as seis tribos primitivas que habitam as ilhas de Andaman e Nicobar sobreviveram aos tsunamis que assolaram o sudeste asiático. Os aborígines do arquipélago, situado no Golfo de Bengala, sabiam que um desastre ia ocorrer na região, segundo V.R. Rao, diretor da Inspeção Antropológica da Índia (ASI), informou nesta segunda-feira a agência local de notícias PTI. "Os tribais percebem um perigo iminente através de sinais biológicos como o canto dos pássaros e a mudança nos padrões de conduta dos animais marítimos", afirmou Rao. Segundo Rao, os aborígines se adentraram nas florestas do interior da ilha na busca de segurança e por isso não houve vítimas entre as comunidades dos jarwas, onges, shompens, sentenaleses e grande andamaneses. Estas tribos datam do alto paleolítico e do mesolítico, por isso têm uma antiguidade de entre 20.000 e 60.000 anos." [notícia completa]